sábado, 28 de agosto de 2010

"Dez lamurias por gole",
novo nome, novo espaço.

Agora estou aqui (clicar para hiperligar)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Dez lamúrias por gole!



Noite.
Sozinho.
Quarto.
Musica.
Vontade de escrever.
Estavm reunidas as condições para sair algo, como o que está a baixo. Chamem-lhe lamechas, ou o que quiserem, mas foi escrito com todo o sentido!


Apetece-me apenas falar-te desta maneira,
contar-te como têm sido os meus dias, dizer-te que quero apagar da minha memória da duas ultimas semanas...
Quem diria que me iria habituar ao facto de estar sozinho! Já me tinham dito que não é assim tão mau, que podes fazer tudo aquilo que tu queres, da forma que tu queres...
E aqui estou eu, mais um dia sozinho, na cama, com o candeeiro aceso, o portatil à frente, em modo de poupança de bateria.
Os telemóveis estão ali ao lado (mas isso, agora, pouco importa).
Deixa-me dizer-te que não tem sido fácil, tenho sentido um vazio enorme, parece que nada me satisfaz como dantes.
Deixa-me dizer-te também que hoje, apesar de sozinho, sinto-me cheio de mim, sinto que estou disponivel para o que quer que seja!
Hoje penso em quantos dias e em quantas horas eu perdi, com choros e vontade de morder as mãos, com aquilo que sentia!
Sabes, no entanto acho que tudo isso é necessário! É a mitica teoria do descer bem fundo, para depois sair forte do casulo... Este casulo que tenho vindo a tecer, é dificil de rasgar, ainda não o consegui abrir por completo, os fios são fortes.
Oiço musica e penso no quão rara é a vida, no quão curta ela é, no pouco tempo que temos para querermos este mundo e o outro! Daqui a pouco estamos a dizer adeus, estamos ali ao lado (ou lá em cima, como se costuma dizer). E aí vamos pensar em quantas horas se perdeu em coisas que não têm importância nenhuma...!
Eu acho que só preciso dum empurrão, algumas vezes!
Preciso que cortes com uma faca os fios do meu casulo, que ajudes a abrir o buraco que me vai fazer sair deste sentimento, e que me liberte por completo, para aproveitar todas as horas, todos os meus dias o melhor que consigo! Para que possa acordar a sorrir, para beijar e abraçar quem mais gosto, para cuidar dos outros, ou para por e simplestemente lhes agarrar mão, no meio de tanta dor e de tanto sofrimento!
Acho que ainda não me desprendi desta maneira romântica de ver a morte e o amor, duas coisas de que tanto (não) se fala hoje! Agarrar a mão de alguém, quando a dor é a coisa que mais marca no momento... Faço-o! Não sei se é o mais correcto ou não, e bem sei que não deveria pensar no que gostaria para mim, se tivesse naquela situação, mas é mais forte que eu, não consigo evitá-lo, tenho de fazê-lo!

Eu quero que me agarrem na mão, quando me doer a saída do casulo, quando cortar os fios, quando conseguir chegar a ti.

23.08.10

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Aconteceu...
Aconteceu porque tinha de acontecer!
E isto passasse com tudo na nossa vida. As coisas acontecem porque têm de acontecer.
Ultimamente tenho sentido algum vazio na minha vida, preciso de emoção, de algo novo. Preciso de tempo para mim, de estabilidade, de ombro para rir e para chorar.
Preciso, ultimamente, de sentar a rir a ver o por do sol, de beber uma cerveja na praia de pernas cruzadas, a jogar às cartas.
Hoje recordei alguns tempos antigos. Por um lado é bom, sabe sempre bem matar saudades. Por outro é triste ver como as coisas são diferentes de antigamente, que as pessoas crescem e mudam, que deixamos de ser pequeninos e que procuramos ser grandes, cada vez maiores, com atitutes por vezes futeis!
Tenho saudades das pequenas atitudes, das mais sinceras e generosas, sem segundas intenções, como as das crianças, inocentes...
Tenho saudades dos finais de tarde, de me sentir pequeno, simples, com uns calções fora de moda e com uns chinelos de borracha a fazer churrasco de frangos, num parque de campismo rasca, com as pessoas que sempre me rodearam...
As coisas mudam, e acontecem porque têm de acontecer...

"Este convite fica aqui,
às voltas no ar...
Este convite é para ti,
se acaso aí chegar!"

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Segue o teu Destino

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,.
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada podeDizer-te.
A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.

Ricardo Reis

"Partilha de Opiniões"

Vejo os dias a passar, e a minha vida a modificar-se, como se por entre as mãos ela passasse, sem eu dar conta do que está a acontecer...
Cada vez mais me convenço que muitas das coisas que acontecem, nós não temos controle, nem sequer a capacidade de as modificar.
Por muito que tentemos, algumas coisas não dependem de nós.
Por muito que tentemos modificar certo tipo de situações, certo tipo de atitudes ou certo tipo de sentimentos, às vezes não conseguimos, ou porque não temos essa capacidade, ou porque por e simplesmente não temos mãos para o fazer...
Ás vezes há dias em que isto acontece muitas vezes...
Semanas, ou meses até.
Há dias em que temos de baixar os braços, e deixar que a vida corra por entre os nossos dedos, sem que nos tenhamos que meter com ela.
Há outros em que a agarramos com os dedos... Fazemos dela o que queremos e traçamos um sorriso rasgado, de orelha a orelha. Há dias em que o sorriso é forçado.
Gostava mais de poder controlar os dias todos da minha vida, poder modificar tudo o que eu sei que está errado, ou tudo o que poderia estar certo.
Gostava que a vida não passasse entre os dedos, e não a visse correr tão depressa.
Preferia treinar a resistência, queria poder travar guerras com o que não acho correcto.
Queria respirar, e ter sempre forças para tudo!


quinta-feira, 1 de julho de 2010

O Absoluto não existe!!!


Mas Nunca
Me esqueci de ti
Não nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti
Não Nunca me esqueci de ti

Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso
Frágil a memória da paixão
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão

domingo, 16 de maio de 2010

A Lua, hoje, está bonita!

sábado, 15 de maio de 2010

tenho muitas coisas pra dizer aqui... Juro!
Mas juro que não as consio dizer...
pelo menos hoje não...
juro...

sexta-feira, 30 de abril de 2010


ás vezes não me interessa muito se é certo ou errado...
mas isto depende dos dias!
há dias em que só penso de uma forma, e sei que mais nenhuma será tão correcta como a minha...
há dias em que percebo toda a gente, que sinto vontade e necessidade de apoiar... Mas há outros... há outros dias em que não há escapatória para outros, porque o que tenho que resolver é comigo.
nota-se, de longe, uma grande evolução.
digo as coisas, falo sobre tudo...
houve, ainda, um pequeno pé-a-trás, mas nada que uma boa conversa não resolva...
tinha saudades de ver o mar, de sentir a brisa fresca ao fim do dia, de passear, depois, sozinho, ao longo do passadiço.
tinha saudades de ouvir o piano ao longe, na minha cabeça, e imaginar como as coisas poderão ser...
de olhar para o horizonte, e ver um não-fim imenso!
de olhar para cima e ver o azul do céu, que também não termina...
no fundo, veio confortar aquela saudade de falar abertamente, de ver como cresci, de completarem alguma coisa que já precisava há muito tempo...
aquele caminho era o que gostaria de fazer todos os dias...
o de sonhar, o de pensar no futuro, o de sentir necessidade de construir objectivos!
há dias em que me esqueço, em que só vivo para os outros, para o trabalho, para o que há para fazer em casa...
há dias em que me esqueço de mim... e basta uma fuga tão boa como esta, para perceber que consigo ser importante, que consigo lidar com as coisas, que, no fundo, consigo sentir-me cada dia melhor que o outro!
dizem que há dias assim, mas estes são, mesmo, especiais...
por mim, e para mim, aquela imagem há-de ficar guardada na minha memória!
quer queiras, quer não, entras-te em mim, fizes-te mudar algumas coisas, ajudas-te a melhorar outras tantas mais!
perguntas o que é que eu quero? não quero mais nada, quero apenas sentir-me bem, ter momentos de partilha, de diálogo,
quero ter momentos a olhar o mar e a sentir-me bem comigo mesmo!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

é tudo uma questão de química!...


é como que um ciclo vicioso...

acabamos sempor por nos sentirmos atraídos pela pessoa "errada", acabamos sempre por bater com a cabeça na parede...

no fundo, é tudo uma questão de hábito...

as pessoas, por muito que não queiram, habituam-se a viver sozinhas, rodeada de amigos e familia, é verdade, mas falta ali mais qualquer coisa...

por muito que se queira investir, vemos o nosso caminho barrado, sem qualquer outro tipo de percurso.

vemos os dias a passar, as crianças a crescer, as várias estações do ano a passaram-nos pela pele... e tudo continua na mesma!

e porque não começarmos a falar abertamente sobre as coisas? e porque não dizermos tudo aquilo que sentimos?

e as consequências? o que nos rodeia, como fica?

temos de pensar um bocadinho mais em nós... se as coisas forem bem feitas, concerteza que não correrá tudo mal!


se ao menos houvesse uma fórmula quimica, tudo seria mais fácil!

quarta-feira, 7 de abril de 2010


You want me?

Fucking well coming and find me

I'll be waiting

whit a gun and a pack of sandwiches

and nothing

nothing

nothing

nothing

terça-feira, 2 de março de 2010

Bem vindo a ti!

"Vamos ver o sol
Ver o mundo a morrer
Lá fora não nos faltam filmes para ver e fazer
O filho deita-o pela boca e deixa o puto crescer
Confortavelmente no seu corpo
Vamos pelo chão deste mundo esquecer
Que agora nada tem um brilho de colhêr e comer
Sobra sempre um dia para nos rendermos a estar
Lamentavelmente num só corpo"

Manuel Cruz

segunda-feira, 1 de março de 2010

do tumulo de Fernando Pessoa li...

"Para se ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive".

Ricardo Reis
1933
Estou, mais uma vez, naquele sitio onde o sofrimento é constante...
Mais uma tarde no hospital, a minha terceira casa (ou será a primeira?!)
Mais um dia a executar técnicas dolorosas, a espetar agulhas nos corpos doentes dos outros, a fazer pensos a feridas abertas que sangram, a remover uns pontos aqui e ali...
Estou mais uma vez a fazer o que gosto, porque se há coisa que mantenho, de principio, é a humanização, é o dar um pouco de mim para aliviar o sofrimento do outro...
Incutiram-me que o nosso papel não passa apenas por tratar a doença, mas cuidar da (e na) saúde. Mas, de facto, no papel tudo é perfeito, fantástico...
Quando nos apercebemos do mundo que nos rodeiam, as coisas doem...
... E principalmente hoje estou vulnerável a sentir a dor dos outros...
É-me particularmente dificil fazer técnicas dolorosas, olhar para a morte e ter de a aceitar como sendo uma etapa natural, pela qual todos passamos...
... É-me particularmente dificil olhar para a senhora a chorar, ou para o senhor que tem um enfarte do tamanho do mundo e precisa de ser intervencionado...
Sim, fui eu que escolhi o que faço... não me arrependo... Cada vez mais tenho forças para fazer aquilo que for preciso, para mudar as vezes que forem necessárias...
Mas hoje não... Hoje sinto que as forças estão em baixo, sinto que preciso de fazer a digestão que ficou mal feita...

... Hoje sinto que preciso um pouco mais de mim

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Nada fica de nada

Nada fica de nada.
Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.

Leis feitas, estátuas vistas, odes findas —
Tudo tem cova sua.
Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada.

Ricardo Reis


às vezes penso assim...

Sinto-me, hoje, diferente do que era dantes...

Fui forçado a mudar muitos hábitos na minha vida, a quebrar muitas rotinas na minha vida...

Se é bom?!

Não sei... Posso dizer que é diferente, e que cada vez mais penso que tudo é uma questão de hábito...

Falta-me muita bagagem para lidar com muita coisa, mas sei que a minha mala já está mais cheia, mais completa, mais pesada...

Começamos a ter alguma bagagem com certo tipo de situações.

Sei que demoramos tempo a perceber determinadas situações, mas não há nada que o tempo não resolva (cada vez me convenço mais disso).

Dizem que me conhecem, mas há momentos que eu próprio não me conheço! Há momentos que lido muito bem com determinadas situações, o que era impensável dantes.

Ainda me falta muito para andar, mas os musculos estão cada vez mais fortes, a minha mente cada vez mais aberta..

O medo, esse, ás vezes ainda teima em aparecer... Mas aprendi a respirar fundo. Aprendi a pensar de modo diferente, a ser mais racional, a não criar tantas versões das situações, a não incluir nelas mais objectos que não existem...

Se sou feliz?!

Não sei... Sinto-me bem, falta-me sempre qualquer coisa, mas isto vai acontecer até ao final dos meus dias...

Se estou bem?!

Vou estando, obrigado. Uns dias melhores que outros, uma momentos melhores que outros tantos...

Sei que tenho gente que gosta de mim, que bebe comigo, que sai comigo, que vive comigo, que sorri comigo... Sei que tenho gente que me admira, que sabe o que valho, que me dá valor...

E em relação ao valor, aprendi que não quero mais do que aquilo que mereço...

Ambiciono muita coisa, sim, que quero concretizar...

Vou aprendendo a ter mais calma, e a levar as coisas de uma maneira diferente...

Mas há coisas que se mantêm...

A maneira de olhar...

de escutar...

de abraçar...

de por e simplesmente conseguir passar uma noite muito bem disposto, como já tinha saudades!

Pode dizer-se que continuo igual, mas de forma diferente...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Rosa - Rodrigo Leão

Hoje o céu está mais azul,eu sinto...
Fecho os olhos.
Mesmo assim eu sinto...
O meu corpo estremeceu.
Não consigo adormecer.

Nem o tempo vai chegar
Para dizer o quanto eu sinto
Você longe de mim.
É uma espécie de dor...
Hoje o céu está mais azul
eu sinto...
Olho à volta
E mesmo assim eu sinto
Que este amor vai acabar
e a saudade vai voltar...

Já não sei o que esperar
Dessa vida fugidia...
Não sei como explicar
Mas eu mesmo assim o amo.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Tenho saudades de:
- Sair à noite até de manhã;
- Dançar toda a noite, até não aguentar mais;
- Ter uma noite com a mulher da minha vida, a ver as estrelas e o mar;
- Uma massagem nas costas e na nuca!
- Andar de avião;
- Estar de Férias;
- Discutir;
- Comer pastéis de Belém;
- Cortar o cabelo;
- Andar na montanha russa;
- Gastar dinheiro em roupa;
- Algumas pessoas;

sábado, 9 de janeiro de 2010

cracer faz-nos bem...
há certo tipo de situações que, forçosamente, nos fazem crescer... eu não tinha bem noção de certo tipo de coisas, de coisas que faziam mal, não saberia como poderiam acabar...
por força da profissão contacto todos os dias com os corações das pessoas... dou-lhes mais alguns anos de vida... mas nem sempre isso acontece...
(o que vale é que tenho a minha irmã LG, que me aclara sempre as ideias e que me relembra, com a sua voz caracteristica mas vocês não controlam tudo! fizes-te o melhor que podias, não fizeste? então pronto!)
mexer no coração de outras pessoas tem coisas boas e coisas más... ás vezes bate muito depressa... ás vezes pára... ás vezes fica impecável para preencher aquele compartimento que nos faz sentir imensamente bem...
eu hoje sinto-me bem!
sinto-me imensamente bem... porque apesar de não poder controlar tudo, sei que faço o melhor que posso, e que sei...
sinto que quero preencher o compartimento que esteve vazio!
sinto que a cada dia que passa consigo ser diferente, mais racional, mais forte...
as coisas que os abalam, na altura sabem muito mal... mas quendo esse sabor a fel passa, sentimo-nos crescidos, amadurecidos, não vamos errar outra vez...

Eu aprendi muito nestes ultimos tempos...
e quero continuar a ter alguém que me ensine...
quero aprender para sempre!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Pensamento do Dia