sábado, 24 de janeiro de 2009

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Velho...



Parado e atento à raiva do silêncio
De um relógio partido e gasto pelo tempo
Estava um velho sentado no banco de um jardim
A recordar fragmentos do passado

Na telefonia tocava uma velha canção
E um jovem cantor falava na solidão
Que sabes tu do canto de estar só assim
Só e abandonado como o velho do jardim?

O olhar triste e cansado procurando alguém
E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver
A imagem da solidão que irão viver
Quando forem como tu
Um velho sentado num jardim

Passam os dias e sentes que és um perdedor
Já não consegues saber o que tem ou não valor
O teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim
Para dares lugar a outro no teu banco do jardim

O olhar triste e cansado procurando alguém
E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver
A imagem da solidão que irão viver
Quando forem como tu
Um resto de tudo o que existiu
Quando forem como tu
Um velho sentado num jardim


Mafalda Veiga

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Uma questão de limites...


"Ultrapassar os limites não é um erro menor do que ficar aquém deles"

Confúcio

sábado, 10 de janeiro de 2009

para cada um interpretar do seu modo...


"Terror em cada uma daquelas pessoas na linda praia, no entardecer de tirar o fôlego.

Terror de ficar sozinho,

terror do escuro que povoava a imaginação dos demónios,

terror de fazer qualquer coisa fora do manual de bom comportameto,

terror do julgamento de Deus,

terror dos comentários dos homens,

terror da justiça que punia qualquer falta,

terror de arriscar e perder,

terror de ganhar e ter de conviver com a inveja,

terror de amar e ser rejeitado,

terror de pedir aumento,

terror de aceitar um convite,

de ir para lugares desconhecidos,

de não conseguir falar uma lingua estrangeira,

de não ter capacidade de impressionar os outros,

de ficar velho,

de morrar,

de ser notado por causa dos seus defeitos,

de não ser notado por causa das suas qualidades,

de não ser notado nem pelos seus defeitos nem pelas suas qualidades.

Terror, terror, terror.

(...)"


Paulo Coelho

In: O Demónio e a Senhorita Prym

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Leituras de Férias...

"As pessoas querem mudar tudo, e ao mesmo tempo desejam que tudo continue igual".

Paulo Coelho
In: O Demónio e a Senhorita Prym

Pensamento do Dia