sábado, 30 de junho de 2007

Pensamento...


Agora já me consolei um pouco. Mas não de todo.

Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Para pensar...


Antes de começar a criticar os defeitos dos outros, enumere pelo menos 10 dos seus

Tempos Dificeis II...


Tempos Difíceis dois pode traduzir-se em tempos difíceis que dão prazer...


Acordo.

Lávo-me.

Visto-me.

Apanho o Comboio.

Vou ao café tomar o pequeno almoço.

Caminho para o hospital.

Vou fardar-me.

Presto cuidados.

Vou almoçar.

Presto cuidados.

Passo o turno.

Vou tirar a farda e vestir a minha roupa.

Vou ao café.

Fico com uma pilha de nervos.

Apanho o comboio.

Durmo.

Chego ao teatro.

Vou jantar.

Preparamos a luzes.

Preparamos o cenário.
Vestimo-nos.
Maquilhamo-nos.
Aquecemos a voz e o corpo.

Ouvimos o barulho lá fora.

Ouvimos as pessoas lá fora.

Cresce o nervosismo.

Ouvimos as pessoas dentro da sala.

Ficamos em pânico.

Ouve-se "muita merda"

Entramos.

Representamos.

Saímos.

Entramos.

Representamos.

Acaba.

Ficamos calmos.

Banho.

Cama.



Satisfação =)


No fim, tempos dificeis tornam-se em tempos que nos dão prazer...


Boas Divagações...!

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Título: ?


Não sei que título lhe hei-de dar...

Tal vez "divagação"? A divagar estou quase sempre, por isso não faria sentido...


Comecei bem, sem saber título.


Espera-se que tudo o que começa mal acabe mal...


Espero que tudo o que começa mal não acabe mal...


Sei onde estou, o que tenho para fazer... Talvez por isso haja esta preocupação de que tudo saia bem feito! Sei que a perfeição é inatingivel, mas sei também que posso ser minimamente perfeito...


Talvez, se não tivesse "metido" em tantas coisas nada disto acontecia...


Mas não consigo estar sem fazer nada. É certo que gosto de dormir. Mas também é certo que gosto do palco, das luzes, da plateia vazia, da plateia cheia, de ouvir "isso não é assim, faz doutra maneira", do cheiro que lá há. Gosto dos nervos de enferentar as pessoas, sem as ver... De representar e de sair do meu eu... De encarnar noutra pessoa e viver outros sentimentos.


Como consigo? Talvez me inspire noutras coisas. Noutras pessoas. Em mim próprio. No que me rodeia. Nas pequenas coisas que vejo sem os olhos... Talvez me inspire na minha paixão, na minha enfermagem, nas pessoas de quem cuido. Nas tristezas que vejo. Nas alegrias que estão à minha volta. Talvez me inspire nesta ou naquela pessoa.


Ou talvez não. Ou talvez seja uma coisa que não percebo bem como faço.

Mas sei que faço.

Sei que gosto de fazer.


Tem de correr bem.



Vai correr bem

Tempos Dificeis - Parte I


Acordo.

Lavo-me.

Visto-me.

Saio de Casa.

Apanho o Combóio.

Chego à escola.

Almoço.

Trabalho.

Saio da escola.

Apanho o combóio.

Chego ao teatro. Atrasado.

Começo a ensaiar.

Ensaio corre mal.

Chatices.

Encalhes de merda.

Saio do ensaio.

Vou para a estação.

Apanho o combóio.

Chego a casa.

Petisco.

Tomo banho.

Aqui estou agora.

Amanha levanto-me às 5.30.

domingo, 17 de junho de 2007

Álvaro de Campos

(...)

Há sem dúvida quem ame o infinito,

Há sem dúvida quem deseje o impossível,


Há sem dúvida quem não queira nada -


Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:


Porque eu amo infinitamente o finito,


Porque eu desejo impossivelmente o possível,


Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,


Ou até se não puder ser...


sábado, 16 de junho de 2007

Jeux de Massacre!

Já conhecem as estatísticas?
190 mil cidadãos morreram sem causa aparente, e desde que a doença flagelou a cidade até este momento talvez alcance os 200 mil, na medida em que as estatísticas datem de anteontem...

Contentei-me com a misteriosa presença do mundo, o que me rodeia e a consciencia de existir. Só preciso de ti. E um pouco de céu, um pouco de luz, um cantinho de sombra, um pouco de calor.

Onde é que isto vai chegar?


São apenas algumas das citações da Peça "Jogo de Massacre", de Eugéne Ionesco, que vai estar em cena no tratro municipal do Barreiro - Arteviva - Centro Comercial Pirâmides nos dias 26 e 29 de Junho e 2 de Julho de 2007, pelas 21h30m...
Entrada Gratuita!

Pensamento... em dose dupla!



Penso 99 vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho no silêncio - e eis que a verdade se revela!

Einstein






Nenhum caminho é longo demais quando um amigo nos acompanha.
Autor desconhecido




[No ouvido: Karma Police - Radiohead]


domingo, 10 de junho de 2007

Alice...


Porque me fez olhar com outros olhos...

Porque me fez pensar de outra forma, por momentos....

Fez-me dar outro valor ás coisas...

O Filme Alice está algo de extraordinário...


Aquela história arrepiante...

Aquele fim (que nem nós sabemos muito bem como é...) Não sabemos de mais nada... Apenas queremos encontrar aquilo que perdemos... E buscamos sem cessar... Buscamos aquilo que está mesmo debaixo dos nossos olhos, aquilo que não queremos ver...

Deixamos de viver, passamos a sobreviver... Parece que aquilo que perdemos nos faz falta... Parece que aquilo que perdemos nos dá vida, nos faz acordar todos os dias, nos faz apanhar o comboio, nos faz querer ir mais longe... Mas, quando perdemos aquilo que nos faz falta deixamos de fazer tudo aquilo que faziamos... Deixamos de buscar o que buscavamos...

Apenas porque fiquei melancólico ao ver este filme e me deu para desatar a divagar...
Sinopse: [Passaram 193 dias desde que Alice foi vista pela última vez.Todos os dias Mário, o seu pai, sai de casa e repete o mesmo percurso que fez no dia em que Alice desapareceu.A obsessão de a encontrar leva-o a instalar uma série de câmaras de vídeo que registam o movimento das ruas. No meio de todos aqueles rostos, daquela multidão anónima, Mário procura uma pista, uma ajuda, um sinal...A dor brutal causada pela ausência de Alice transformou Mário numa pessoa diferente mas essa procura obstinada e trágica, é talvez a única forma que ele tem para continuar a acreditar que um dia Alice vai aparecer.] http://www.madragoafilmes.pt/alice/

sábado, 9 de junho de 2007

Cântico Negro


"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
(...)


Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...


E vós amais o que é fácil! (...)
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
(...)




Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
(...)


Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou - Sei que não vou por aí!


José Régio

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Tão simples...


Tão simples como ser insuportável...


Tão simples como ser ironico ...


Tão simples como ser cínico...


Tão simples como ser falso...


Tão simples como ser gozão...


Tão simples como ser desajuizado...


Tão simples como ser irresponsavel...


Tão simples como ser Viciado...


Boas Divagações...!

Pensamento do Dia