domingo, 25 de outubro de 2009

Ruínas

Do dito popular “ano novo, vida nova” poderíamos tirar uma simples analogia, como “dia novo, vida nova”… O ser humano seria fantástico se em um dia conseguisse mudar a sua vida, se isso tivesse ao seu alcance…
Hoje interrogo-me sobre questões tão estranhas, como este poder que não temos, de mudar tão bruscamente a vida.
Podem dizer-me que é fácil de o fazer, que temos de decidir todos os dias, quase a toda a hora… Atrevo-me a dizer que a cada minuto temos de tomar decisões… Quase, na maioria das vezes, nem nos damos conta disso…
Só nos damos conta nas decisões mais difíceis… Creio que estas funcionam como marcos.
Afirmo afincadamente que todos temos um traço de cobardia dentro de nós…
Muitas vezes vemos a solução, a decisão a tomar, mas só pelo medo, pelo susto, ou simplesmente por questões que me (nos) transcendem, simplesmente não optamos… Deixamos os outros optarem por nós!
Não que tenha muita experiencia de vida, mas lido muitas vezes com o sofrimento de outros… Sei o quão difícil é optar, muitas vezes optar pela vida, não deixar que tudo nos caia nas costas…
Não gosto, ainda, de pensar que muitas vezes a nossa opção depende da de outros… Temos mesmo a certeza daquilo que queremos, do nosso futuro, do que o nosso coração nos diz… Sei perfeitamente o rumo que quero seguir, mas há tanta coisa que não me deixas… Há tanta coisa que me prende aqui, a pessoas, a lugares, a casas… Há sorrisos que não me deixam fazer o que quero, tomar as opções que me parecem mais acertadas, seguir por determinado caminho… Há uma penumbra à minha volta, que me tapa alguns caminhos, e que não me deixa caminhar…
Queria ser uma pessoa que não guardasse rancor de nada nem de ninguém… Podem dizer que isso aprende-se! E estou totalmente de acordo…
Posso dizer que estes últimos três anos (e sei que ainda é cedo para fazer balanços) me mudaram bastante… Fui quase como que obrigado a mudar muita coisa em mim… A forma de agir, a forma de pensar, o modo como falo, os medos que tinha e que tenho agora, as opções e as escolhas que tenho e terei de fazer… A afastar a cobardia que todos temos um bocadinho…
Este tempo fez-me mostrar a mim próprio tudo o que tenho cá dentro, forçou-me a crescer.
Fez-me ouvir musicas novas, fez-me tomar outras opções…
Fez-me pensar em coisas que nunca antes tinha pensado fazer…
Fez-me andar por caminhos temerosos, que todos os dias me questionava porque estava a ir por aqui…
Crescer é bom, desta forma não.

São estes dias… Estes dias que cheiram a lareiras a queimar lenha, estes dias em que a lua não se vê…
São estes dias em que tenho saudades de voltar a ser pequenino, de me pegarem ao colo e de me darem beijinhos até eu adormecer…
São estes dias em que tenho saudades em me sentir amado que surge a necessidade de me interrogar…

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

"Afinal, o ser humano é, por natureza, intrinsecamente insatisfeito..."


[Contributo de C.]

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Olá.
Há já algum tempo que não te vejo.
Quando lá cheguei para te visitar, não estavas! Disseram-me que tinhas ido para casa, recuperar, que se lá ficasses seria ainda pior...
Sei que o que tens não é bom, mas não sei que se passou, a tua pessoa tranquiliza-me...
Falar contigo faz-me sentir pequenino, sabes imenso, traduzes em gestos e palavras aquilo que muitos gostariam de poder transmitir.
Tens uns olhos grandes, nunca encovados, porque tentas sempre descansar aquilo que dizes que o teu corpo precisa.
Soube antes de ti.
E não te consegui dizer, obviamente!
No dia que tu soubeste eu estava lá, vi-te à noite...
Estavas tão acordada como eu nunca tinha visto.
Os teus grandes olhos estavam inundados... O teu sorriso desterrado no fundo da tua pessoa.
Neste dia vi em ti a pessoa mais preocupara do mundo!
No entanto, o que mais me sensibilizou foi que as preocupações não eram contigo! (eu reconheço esta faceta em mim, sabias?! :) )
Sei que te foste embora não porque querias, mas porque assim as burocracias o obrigam...
Ainda te fui ver, estavas em baixo, mas com aquele sorriso que só tu sabes marcar no teu rosto!
Esse sorriso inunda qualquer pessoa, sabias?

Nunca te disse, nem nunca te vou dizer, porque acho que é assim que deve de ser, mas ensinaste-me muito, em tão pouco tempo! Podes dizer que não deste aulas, e de facto não deste, mas esse teu modo de encarar a vida, os problemas e tudo o que te rodeia fascinou-me!
Também não te vou dizer que perguntei por ti, e que tentei visitar-te outra vez!

Só te peço uma coisa: Luta! luta como sempre fizeste...

Não me mintas.

É curioso quando procuramos mais sobre nóes, ainda que em sites que não achamos totalmente credíveis.
Tudo começou quando lá fui a primeira vez, sem saber muito bem o que era aquilo.
Depois, comecei a ler vários dias o que eles diziam... e não é que acertavam mesmo?!
Cheguei a publicar o que dizia o tarot aqui no blog.

Vejamos o que descobri hoje, sobre mim:

(... )também há outros pontos não tão bonitos que devem ser trabalhados: o principal diz respeito à necessidade de encarar e aceitar alguns limites, além de precisar trabalhar melhor sua relação com seu corpo (...)

Há mais coisas escritas sobre mim, mas não importa trascrever para aqui...
(Acho que é MESMO verdade, e sim, tenho um certo... digamos que vergonha!)

Sagitário é um signo que, sendo fogo, não lida bem com "impossibilidades", nem com "limites". Com isto estou totalmente de acordo!

Pensamento do Dia